Arquivo | setembro 2011

A verdadeira felicidade vem do encontro com Deus.

Quando começamos a caminhada na Igreja, percebemos que muitos de nossos comportamentos anteriores já não condizem com a realidade que passamos a viver e experimentar. É neste momento que nos questionamos se éramos realmente felizes quando vivíamos sob o controle dos padrões que o mundo nos oferecia.

Mas para a busca da felicidade sonhada por nosso Pai criador, será preciso negar as alegrias momentâneas que inicialmente nos trazem euforia, porém  nos surpreendem com conseqüências angustiantes. Esta felicidade não está ligada à aquisição de coisas materiais, à satisfação de desejos, à busca de prazeres sexuais, às bebedeiras, nada disso, antes de tudo está ligada a um bem estar permanente, e não apenas por aquele momento, por aquela situação ou com aquela pessoa. Ao contrário disso, para ser feliz é necessário seguir as instruções que Jesus nos deixou e aplicá-las em todas as circunstâncias vividas.

Quanto mais você se aproxima dos ensinamentos por Ele deixados, mais a sua vida passa a ter sentido e mais feliz você se encontra. Instruídos pelos ensinamentos deixados por Jesus, busquemos o bem que não passará, negando assim nossas vontades momentâneas, produto desta sociedade imediatista, a fim de alcançarmos com fervor a santa e eterna felicidade do Criador, nosso Deus.

A busca de Deus é a busca da felicidade. O encontro com Deus é a própria felicidade”. [Santo Agostinho; Doutor da Igreja]

Mariana Lavandoski – Coordenadora do Shekynah

Qual a lógica da renúncia?

Boa noite, povo santo! Que através desse texto vocês tenham uma noite bem anormal, marcada pela presença transformadora do Espírito Santo!

A passagem base para essa reflexão (Lucas 5, 1-11), começa com um “Certo dia…”, como se aquele fosse um dia como qualquer outro. Podia ser, até que toda a história foi mudada pela intervencão milagrosa de Jesus.

Simão Pedro e os filhos de Zebedeu, Tiago e João, chamados de sócios pelas Sagradas Escrituras, haviam gastado suas energias para pescar durante toda a noite, mas nada haviam obtido. O dia amanhecera e à margem do lago de Genesaré estava Jesus, acompanhado da multidão que se comprimia para chegar até ele. Não tendo mais para onde correr, Jesus subiu em um dos barcos e dali anunciava a Palavra de Deus.

Quando acabou sua fala, disse a Simão que avançasse para águas mais profundas para lançar as suas redes. Pedro, descrente de que teria algum sucesso, questionou, mas não ousou desobedecer.

Batata!

Pescaram tanto peixe que, segundo a Palavra, os barcos quase afundavam.

Até aqui, nada de novo! Jesus sempre capricha, nós sabemos!

Mas é partir desse momento que a Bíblia narra algumas “pequenas” atitudes que poderiam ser consideradas ilógicas, mas é para elas que chamo a sua atenção.

Aqueles sócios, empreendedores da pesca na região, tinham ACABADO de ter o maior lucro da suas vidas. Não que não fossem bons naquilo que faziam, mas pela forma como ficaram impressionados, aquela pescaria certamente representaria muito dinheiro. Teriam a oportunidade de começar uma mudança em suas vidas, levariam um belo de almoço para suas famílias, fariam festa, contratariam novos ajudantes…

Imagine-se sendo um dos sócios! Que beleza!

Mas eis que Jesus lança a bomba: “De agora em diante serás pescador de homens!”. E eles levaram os barcos para a margem, deixaram tudo, TUDO, e seguiram Jesus.

¬¬’

É mole?

Pois é…

Assim como na vida de Pedro, Tiago e João, tenha essa certeza: o chamado de Deus em nossas vidas é seguramente acompanhado de muita concorrência! Temos sempre muito a fazer ao invés caminhar com Cristo. Temos infinitos compromissos quando somos chamados a agir em favor do Evangelho, em favor do próximo.

Muitas vezes, estamos vivendo o auge da nossa prosperidade, seja ela econômica, social, política, e recai sobre nós a responsabilidade que nos foi confiada por Deus. Nessas horas que nos falta? Fé? É nossa incredulidade que nos separa da missão? Eu arrisco dizer que não! Como Pedro, nós até duvidamos, mas chegamos obedecer as ordens do Mestre e vemos, depois, com os nossos próprios olhos as maravilhas operadas por suas mãos. Portanto, não seria a falta de fé o nosso problema. Penso que seria, no fim das contas, a falta de CORAGEM!

Sabemos que os caminhos de Deus são custosos. Temos MEDO de deixar a estabilidade para nos lançarmos em águas mais profundas!

O que fazer então?

Pois bem, sabemos que foi a Pedro que Jesus disse “De agora em diante serás pescador de homens.”. Mas a Palavra diz que ELES levaram os barcos para a margem, deixaram tudo e seguiram Jesus. Sinal que Tiago e João foram também, por mais que estivessem de escanteio na conversa. Afinal, eles eram sócios, tornaram-se amigos durante os anos de trabalho. Sentiram-se seguros em seguir os caminhos daquele amigo e do Amigo maior, que era Cristo.

Queira seguir os caminhos dos amigos que se arriscam à sua frente.

Como companheiros de grupo, sejamos os sócios malucos uns para os outros! Os nossos passos são exemplos!

Orientado pelo Espírito Santo, o meu primeiro passo de hoje se motivador do seu de amanhã.

Renunciemos às nossas próprias vontades para viver a vontade do Pai.

Vem Senhor, sobre nosso falho caminhar!

Amém!

Elói Beltrami Doltrário – Coordenador do Shekynah